Nesta atividade a orientação era identificar uma receita que gosta, mas que também seja ligada à minha memória afetiva.
Não foi possível realizá-la em grupo, a fiz em dupla com Rafael. Durante a conversa percebemos que tínhamos uma receita em comum, o bolo de cenoura, então a escolhemos.
Minhas duas avós são simplesmente FANTÁSTICAS, sempre buscaram me agradar muito, sempre me senti a neta preferida.
A vó Graça não cozinha, é uma mulher muito à frente do seu tempo, mas como eu ama comer, saímos muito para comer, amo essas lembranças… E ainda hoje todas as vezes que vou a casa dela, sem exceção, ela encomenda pratos que eu gosto. Pé de porco no feijão seria uma das receitas escolhidas caso fosse possível levar para a aula e se a tarefa fosse individual!
A outra receita seria da vó Féla, e ela tem muitas… o pão caseiro, bolinho de chuva, sopa de batatinhas, cavaco, carnes diversas, balinha de coco e bolo de cenoura… Hum impossível escolher RSRS. Todas muito especiais pois ela as usa para nos agradar, acolher, aconchegar…
Dentre todas acredito que o cavaco (conhecido como cueca virada ou mentira) seja bem especial pois me remete uma fase difícil da infância em que minha irmã estava doente, distante há alguns dias para tratamento de saúde.
Nesse período eu fiquei a maior parte do tempo com a vó Fela e lembro que todos os dias à tarde, depois da escola, rezávamos pela saúde da Vivi e depois fazíamos cavaco.
Além de me manter ocupada, as horas passavam mais rápido, era muito divertido porque ela me permitia participar de todo o processo, com ela eu literalmente metia a mão na massa, coisa que minha mão raramente permitia. Ah, e também tinha um gostinho especial aos 10 anos de idade comer aquilo que eu mesma havia ajudado a preparar!
Ainda hoje, passados mais de vinte anos, todas as vezes que estamos juntas relembramos aqueles tempos difíceis regado à orações e cavacos!
Bom... a atividade é em dupla e vamos exercitar a democracia...
Já que Rafael e eu temos o bolo de cenoura em nossas vidas, vamos lá!
Para ele é todo especial porque a vó Fernanda fazia no domingo para agradar os netos e com muita cobertura de chocolate.
Pra mim remete o cuidado que minha vó tem para com todos. Ela fazia sempre que eu estava doente, sem cobertura, e sinceramente não precisava, o bolo dela parece um pudim, dos deuses! Ela não colocava cobertura porque acredita que criança doente não deve comer chocolate...
Bom demais ter avós!
A experiencia em sala foi ótima, comi um monte rsrs, as histórias dos colegas foram bem legais! Infelizmente o bolo que eu fiz não chegou perto daquele que minha avó faz, mas estava razoável.